Faz tempo que não falamos de livros por aqui e para acabar com o hiato, quero indicar um livro: “O Último Adeus”, da Cynthia Hand.
Uma amiga querida me emprestou e eu aceitei sem saber do que se tratava. Só me lembro de tê-lo visto em alguma livraria por aí e amado a capa lindamente produzida pela Dark Side.
Quando pesquisei mais sobre ele, fiquei receosa pois trata-se de assuntos bem delicados como depressão e suicídio, mas foi uma experiência boa, pois tive a oportunidade de refletir mais sobre o assunto, chorar, aprender e ter mais empatia, já que infelizmente à depressão está cada vez mais próxima do nosso dia a dia, afetando amigos, familiares, pessoas conhecidas e isso não pode virar um tabu.
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.
A narrativa é muito crua, muito sincera, de modo que você consegue se emocionar a cada capitulo e a dar valor a tudo que tem em volta, principalmente os pequenos gestos, as pequenas palavras.
Ao decorrer da leitura você vai sentindo a dor do luto com os personagens e o processo de juntar os caquinhos dia após dia, para tentar conviver com a perda e a vida que deve ser vivida mesmo com o vazio deixado por alguém muito querido. Um pedaço da gente, sabe? E este processo de evolução torna o livro bem bonito também, pois os personagens vão aprendendo um com o outro – e você aprende junto.
Gosto também do estilo história linear, sem grandes acontecimentos, sem grandes eventos, apenas como se estivéssemos conversando com uma amiga que não vê há muito tempo e vai lhe contando o que aconteceu em sua vida nos últimos meses. Você consegue enxergar a ambientação, as cores, as vozes e cheiros.. e ficar com gostinho de quero mais.
“Isso vai parecer meio lugar-comum, acho, mas nunca se sabe quando vai ser a última vez. Que você abraça alguém. Que você beija. Que você se despede”
7 Comments
Lívia Madeira
30 de julho de 2017 at 12:42adorei a indicação, afinal precisamos falar desses assuntos delicados como depressao e suicidio sim!
http://www.tofucolorido.com.br
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Stéfhanie Fanticeli
31 de julho de 2017 at 19:21Precisamos sim, Lívia! Eu aprendi bastante com a leitura e por indico à todos!
KARINE
31 de julho de 2017 at 18:54eita sté, quando me falou dele não me interessei muito em ler (por pensar que seria algo muito ~pesado) mas lendo esse seu post, fiquei super curiosa pra conhecer a história! e as edições da darkside sempre maravilhosas <3
Stéfhanie Fanticeli
31 de julho de 2017 at 19:19De início parece pesado mesmo, mas a mensagem que ele transmite é tão bonita mesmo tratando-se de algo triste, que vale MUITO a pena ler.
Um beijo, Ka <3
Clara Rocha
31 de julho de 2017 at 20:41Assuntos de depressão geralmente me deixam bem nervosa mesmo, mas eu gosto de aprender mais sobre o assunto e tentar entender mais o contexto. E sei que pode ser difícil em alguns momentos, mas precisamos estar conectadas com o assunto para podermos debater sobre ele.
Vou adicionar ao item de leituras do mês. ♥
Camila Faria
31 de julho de 2017 at 22:03O livro me pareceu ser bem forte, mas com uma mensagem bonita. Super leria Stéfhanie, vou colocar aqui na listinha de leituras futuras. Um beijo!
Nath
2 de agosto de 2017 at 04:55Finalmente consegui acessar o blog de novo, Stéfhani! Por algum motivo, a NZ boqueia alguns urls aleatórios — às vezes faz isso até com o google! E agora sei lá porque voltou a funcionar! 😀
Esse livro parece ser muito bom, gosto muito de livros com temáticas assim. Gostei da capa também, bem bonitinha.
Beijos!